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Cerca de 25% dos casais não alcançam a gravidez no espaço de 1 ano. Destes casais, 15% procuram tratamento médico para a infertilidade e menos de 5% permanece involuntariamente sem filhos. 

 

As principais razões são:

  • Diminuição do número de espermatozoides, conforme o homem fica mais velho;

  • Pouca mobilidade dos espermatozoides;

  • Espermatozoides anormais;

  • Ausência da produção de espermatozoides;

  • Vasectomia;

  • Dificuldade na relação sexual;

  • Doenças sexualmente transmissíveis.

Espermograma

O espermograma constitui a base das decisões relativas à abordagem adequada. O espermograma deve ser efetuado num laboratório que cumpra os padrões nacionais de controlo de qualidade.

1.Valores normais para o espermograma

Para se descobrir o motivo da infertilidade masculina é realizado o espermograma, exame em que se avalia os espermatozoides. O espermograma não é um teste de fertilidade mas é uma ajuda preciosa para se perceber se existe alguma anomalia no desempenho fisiológico do trato reprodutor do homem, ou mesmo do indivíduo no seu todo, pois muitas vezes, a maior parte das vezes, verificam-se alterações nos espermatozóides relacionadas com fatores externos ao próprio indivíduo.

 

O esperma ejaculado é analisado segundo parâmetros uniformizados de acordo com as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). É uma análise que deve ser feita com muito cuidado pois pode dar-nos informações muito importantes da produção dos testículos, de algumas propriedades funcionais dos espermatozóides e da função secretora das glândulas acessórias.

 

A análise do esperma processa-se em duas fases que são a análise macroscópica em que são analisadas as características evidentes do esperma e a análise microscópica que é uma análise mais minuciosa e criteriosa.

 

Na análise macroscópica, são observadas características como cor, odor, viscosidade, volume e PH e a existência de infeções. A concentração deve ser superior a 20 milhões.

Análise Macroscópica

  •  Cor/ aspeto

Ao analisa-se a cor, o aspeto, se é mais ou menos transparente. O esperma deve ter um aspeto homogéneo. Qualquer alteração na cor ou na consistência pode ser um indicador de uma infeção ou qualquer outro distúrbio da próstata, por exemplo. Também se verificam alterações depois de longos períodos de abstinência.

 

  • Volume do esperma ejaculado

O volume de uma ejaculação normal é de 2,0 a 5,0 ml. Acima destes valores, podemos suspeitar de uma infeção aguda nas glândulas anexas. Os grandes períodos de abstinência ou o uso de antibióticos também podem ser responsáveis pelo aumento do volume espermático.

Quando o volume for inferior a 1,5 ml podemos pensar na existência de uma inflamação crónica, ejaculação retrógrada, anomalias nas glândulas sexuais acessórias, obstrução de ducto ejaculatório ou agenesia, hipoplasia de vesículas seminais, mas também pode ser ocasionado por algum problema na colheita do esperma.

 

  • Viscosidade

A viscosidade do esperma depois é classificada como normal ou anormal. Quando a consistência está aumentada podemos pensar numa inflamação crónica da próstata ou numa disfunção das vesículas seminais. A consistência anormal pode intervir na avaliação da motilidade, da concentração ou na determinação de anticorpos anti-espermatozóides.

2.Morfologia dos espermatozóides

  • pH

O pH é determinado pelas secreções da próstata (ácida) e da vesícula seminal (básica). O valor normalmente varia entre 7,2 e 7,8. Quando o pH é superior a 7,8 podemos estar na presença de uma prostatite. Quando o pH é menor que 7,2 pode-se suspeitar de uma agenesia ou oclusão das vesículas seminais e obstrução do ducto ejaculatório.

Análise Microscópica

Na microscópica, identificam-se concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides. Dessa forma, o espermograma pode permitir a identificação de problemas que levam à infertilidade masculina é o exame inicial e talvez o mais importante e o principal pa­râmetro para avaliar a fertilidade masculina, embora não seja o único, nem definitivo.

 

Um dos problemas mais comuns na hora de produzir espermatozoides saudáveis é gerado no interior dos testículos, quando há alteração da temperatura local. Isso pode ocorrer devido ao posicionamento irregular dos testículos e devido às varizes na região do escroto, além de casos em que a permanência do homem em temperaturas ambientais elevadas altera a qualidade do esperma produzido.

 

Os problemas da espermatogénese também podem ser provocados por alterações como a orquite, inflamação testicular, ou por várias doenças endócrinas que alteram a produção das hormonas hipofisárias que estimulam a produção de espermatozoides nos testículos.

 

Por outro lado, existem vários tipos de processos infeciosos, tumores e malformações congénitas, que podem alterar a anatomia e obstruir os canais que transportam os espermatozoides dos testículos até ao exterior. A obstrução total ou bilateral destes canais, nomeadamente dos epidídimos e canais deferentes, pode provocar infertilidade no homem. Em alguns casos, a cirurgia de correção resolve o problema de infertilidade.

 

Outras doenças também podem causar a infertilidade masculina. As Doenças Sexualmente Tansmisiveis como clamídia, tricomoníase, ureaplasma e neisseria causam infeção no canal da ejaculação, causando alterações nas taxas de espermatozoides.

 

Por último, problemas anatómicos ou funcionais que impeçam o adequado depósito do esperma no interior da vagina através do coito, também os problemas da ereção e a ejaculação precoce, podem igualmente favorecer a infertilidade masculina. De acordo com a causa da infertilidade masculina, o médico indicará o tratamento adequado e o procedimento ideal para a reprodução.

3.Análise Microscópica

Vídeo Explicativo

Azoospermia

A azoospermia é definida como a ausência de espermatozoides no esperma. De entre os problemas de infertilidade masculina, calcula-se que se manifesta em...

Alteração da qualidade do esperma

Doenças associadas a Alteração da qualidade do esperma

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A oligospermia, também denominada oligozoospermia ou baixa contagem de espermatozoides, caracteriza a situação em que o número de espermatozoides no esperma é inferior...

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A astenospermia, também denominada astenozoospermia, relaciona-se com a baixa ou nula mobilidade dos espermatozoides. Dada esta anomalia, estes não podem...

Teratospermia

A teratospermia, também denominada teratozoospermia, é caracterizada pela presença de espermatozoides com morfologia anormal no esperma. Espermatozoides com formato anormal...

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© 2015 por Alexandre Martins, Catarina Gracias, Filipa Salvador, Mariana Albano e Pedro Andrade

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